População poderá contribuir com sugestões para inclusão de novas ações ou de mudanças nas já existentes.
No mês em que se comemora o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência e mais precisamente no Dia Mundial do Cego (13/12), a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED), apresentou as ações que integram o Plano São Paulo Mais Inclusiva, lançado no último dia 03 pelo prefeito Haddad. A apresentação foi realizada na Praça das Artes e contou com a presença de secretários municipais, representantes de entidades sociais, de movimentos de defesa de direitos e de conselhos, servidores públicos e demais integrantes da sociedade civil.
“O Plano traz uma mudança na organização das ações executadas pela Prefeitura para as pessoas com deficiência, pois considera os ciclos de vida e os diferentes territórios que compõem a cidade de São Paulo”, explicou a secretária municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marianne Pinotti.
O São Paulo Mais Inclusiva inclui 70 ações a serem executadas por 20 secretarias municipais até 2016 e subdividi-se em cinco grandes eixos: Acessibilidade; Atenção à Saúde; Acesso à Educação, Cultura e Esporte; Trabalho; e Inclusão Social e Cidadania. Durante a apresentação do Plano, todos os presentes no evento receberam um formulário onde puderam contribuir com sugestões para a inclusão de novas ações e mudanças nas já existentes. Ainda neste mês, o site da SMPED abrirá também para toda população esta mesma possibilidade.
|
O secretário adjunto municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Tuca Munhoz, mencionou a importância de envolver diversos atores na construção do São Paulo Mais Inclusiva. “Nós temos uma frase que gostamos muito de usar. ‘Nada para as pessoas com deficiência sem as pessoas com deficiência’. Com o aprendizado que tive na construção deste plano, tomei a liberdade de modificá-la para ‘nada sobre as pessoas com deficiência sem todas as pessoas’. É isso que estamos fazendo aqui hoje, reformulando a cidade de São Paulo com a ajuda de todas as pessoas”.
Diferente de eventos mais formais, onde há uma mesa composta por autoridades com protocolos e serem seguidos, o evento desta sexta-feira foi mais descontraído. Sentados em sofás, os secretários municipais promoveram um bate-papo, em que cada um pôde explicar ao público o papel a ser exercido pelas pastas que dirigem. Intercalando com a fala de cada um, a banda da Guarda Civil Metropolitana apresentou diversas músicas de seu repertório.
O secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Rogério Sottili, lembrou que a construção do Plano é toda fundamentada na Convenção das Nações Unidas sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência. “Não existe política publica eficaz se não houver a participação da sociedade em todo seu processo de construção, execução e monitoramento. E esse plano foi construído com a participação de toda sociedade civil e será acompanhado por ela”, afirmou.
Para o secretário municipal de Cultura, Juca Ferreira, é fundamental a construção de uma São Paulo mais solidária. “Todas as secretarias que participam tem uma responsabilidade na sua viabilização e a Secretaria de Cultura tem um papel importante de criar essa cultura da inclusão para toda a sociedade”.
De acordo com o secretário municipal de Educação, César Callegari, o grande desafio para a cidade de São Paulo é permitir que cada cidadão possa desenvolver e praticar novos valores de solidariedade e respeito, sendo um agente para a inclusão. Celso Jatene, secretário municipal de Esportes, afirmou que os profissionais que atuam nos centros esportivos serão qualificados para promover a inclusão.
Representando a Secretaria Municipal de Saúde, Paulo de Tarso Puccini (secretário adjunto), comemorou o lançamento do São Paulo Mais Inclusiva lembrando a inauguração do primeiro Centro Especializado em Reabilitação - CER IV da capital, no M’Boi Mirim. “Inauguramos no dia 03 de dezembro já como uma primeira ação do Plano. Estamos também entregando as dez primeiras cadeiras motorizadas para pessoas com deficiência física, em parceria com o governo federal”. Entre as ações do São Paulo Mais Inclusiva está a criação da Rede de Cuidados da Pessoa com Deficiência.
O coordenador de Projetos de Inclusão da Pessoa com Deificência do Ministério do Trabalho em São Paulo, José Carlos do Carmo, lembrou também da importância da Prefeitura ter dado o exemplo ao incluir no edital do concurso público para a Guarda Civil Metropolitana a reserva de 100 vagas, o que equivale a 5% do total, para pessoas com deficiência.
Conheça o Plano São Paulo Mais Inclusiva e suas ações. |