A reunião ocorreu em Cuiabá e o sistema de avaliação constará no documento do evento destinado ao MEC.
A avaliação adaptada, prova aplicada aos alunos com deficiência da rede municipal de ensino durante no SAEM (Sistema de Avaliação da Educação Municipal), foi apresentado à consultora do Ministério da Educação (MEC), Marcella Di Santo, nesta quinta-feira (13) durante reunião técnica com os cinco polos do Estado que integram o Programa Educação Inclusiva: Direito à Diversidade.
A reunião ocorreu em Cuiabá e o sistema de avaliação constará no documento do evento destinado ao MEC. A consultora elogiou a iniciativa e disse que este é um importante instrumento, já que, possibilita uma avaliação paralela para comparar os índices do município com os oficiais do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e também um instrumento de participação de todos e de todas no processo. Conceito que vai ao encontro da política nacional de direito à diversidade, que é educação para todos e todas.
A apresentação da metodologia usada na aplicação do modelo de avaliação do SAEM para todos os alunos das fases finais de cada ciclo foi apresentado pela gerente do Departamento de Ensino Fundamental Marisa Brescovici e a adaptação desta mesma avaliação, assim como a técnica usada para que os alunos com deficiência participem do processo, foi detalhada pela pedagoga com habilitação em Deficiência Intelectual Ariane Lima Martin.
Entre os pontos a serem observados, estão o tipo de letra, o uso das letras em caixa alta, o espaço nas entrelinhas, a disposição das questões em uma por página, a importância da ilustração da questão para não poluir visualmente e propiciar uma leitura objetiva à criança, a impressão colorida e o modo de aplicação, que em alguns casos necessita de um profissional especializado para ler ou escrever o conteúdo.
“Tivemos crianças com deficiência mental que produziram um texto. Não estão escrevendo, estão contando e o escriba (papel do professor que aplica a prova) redigiu”, detalhou Ariane para espanto dos profissionais presentes.
Exemplares de todas as provas adaptadas foram entregues às técnicas da Secretaria de Estado de Educação, Sônia Maria Bispo Amorim e Neide Conceição Rondon. A avaliação foi apresentada como modelo para as cidades polo de Alta Floresta, Cuiabá, Pontes e Lacerda e Sorriso.
Na oportunidade, foram discutidas as experiências exitosas dos municípios no que diz respeito ao direito à diversidade, que engloba ações com indígenas, quilombolas, deficientes, entre outros e expostas às dificuldades encontradas pelas equipes técnicas de cada região.
Rondonópolis reivindicou a implantação de um centro para formação continuada para atendimento à diversidade e verba para que os coordenadores possam fazer visitas técnicas aos municípios que compõem o polo. Segundo Marcella, essas duas sugestões já estão em estudo no SECADI/MEC (Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão).
Durante a reunião também foram reavaliadas as composições dos polos no que diz respeito ao atendimento dos municípios. Em junho, Rondonópolis deverá reunir durante um seminário dos municípios da região Sul para discutir políticas voltadas para o direito à diversidade. |