Para o Professor Doutor em Educação Física, Alberto Martins da Costa, a capacitação é importante para 'motivar as pessoas que trabalham com educação física, para que possam perceber que a questão não é tão complexa e tão difícil quanto parece'.
Cerca de 300 profissionais de educação física estão participando do curso de capacitação em educação física adaptada para alunos com deficiência, promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e Secretaria Municipal de Educação (Semed).
O curso vem como suporte para orientar professores sobre a forma trabalhar com alunos portadores de necessidades especiais a fim de promover a inclusão dos mesmos.
A cerimônia de abertura da atividade foi na manhã desta segunda-feira (4) no auditório da Semed, localizado na rua Maceió, bairro Parque Dez de Novembro, Zona Centro-Sul.
A atividade faz parte das ações dos Jogos Adaptados André Vidal de Araújo (Jaavas) e iniciou com uma palestra ministrada pelo coordenador geral da Academia Paralímpica Brasileira, professor doutor Alberto Martins da Costa. Ele abordou o tema ‘Aspectos Gerais da Classificação Funcional’.
“Temos alguns conteúdos básicos que nós acreditamos ser importantes para as pessoas que vão trabalhar com esporte para pessoas com deficiência. Também irei apresentar cada uma das 22 modalidades paralímpicas de verão. Por fim, falaremos sobre classificação funcional, que é o principal aspecto que diferencia o esporte olímpico do esporte paraolímpico”, comentou da Costa, que teve toda palestra traduzida em braile.
A coordenadora do Jaavas, Shirley Amaral, informou que além dos professores da rede municipal e estadual de ensino, profissionais de outros municípios do Amazonas e acadêmicos de educação física também se inscreveram para a capacitação. “O curso vai capacitar e informar esses professores que trabalham com alunos com deficiência através do movimento. Ele vai dar base para esses profissionais trabalharem a questão da inclusão e dará possibilidade para que todos tenham o mesmo direito de aprendizado”.
Para o professor de educação física Heleno Nogueira, esta capacitação específica antes era inviável por conta dos custos. “Eu sou deficiente físico e faço parte de um grupo que trabalha com pessoas com deficiência. Temos a necessidade e sofremos com a falta de capacitação. Então este curso vai enriquecer nossos conhecimentos e possibilitar que a inclusão seja de fato uma realidade na nossa cidade”. |