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Conheça 10 curiosidades sobre o exoesqueleto do Projeto Andar de Novo

Em 12 de junho, a abertura da Copa do Mundo do Brasil exibirá mais um avanço tecnológico para a acessibilidade. Está previsto que uma pessoa paraplégica vista uma roupa robótica e a controle com a mente enquanto tenta se levantar da cadeira de rodas e dar alguns passos pelo campo.

A tecnologia é chamada de exoesqueleto e foi desenvolvida pelo projeto Andar de Novo (Walk Again), coordenado pelo cientista brasileiro Miguel Nicolelis. Se as previsões divulgadas derem certo, um paciente adulto vai caminhar no Itaquerão momentos antes da partida inicial entre Brasil e Croácia. Essa pessoa também poderá dar o primeiro chute da competição.

A tecnologia é chamada de exoesqueleto e foi desenvolvida pelo projeto Andar de Novo.

A partir de uma entrevista recente de Nicolelis à BBC e postagens no Facebook do pesquisador, reunimos uma lista de dez características do exoesqueleto:

1) O projeto Andar de Novo realiza testes com oito pacientes adultos com idade entre 20 e 35 anos. Um deles poderá ser escolhido para usar o exoesqueleto na abertura da Copa.

2) O equipamento é controlado por atividades do cérebro do paciente, que também recebe sinais sensoriais da máquina.

3) O paciente usará um capacete que vai transmitir os sinais do cérebro para um computador guardado em uma mochila. O computador, por sua vez, vai dar comando para pistões hidráulicos responsáveis pelo movimento das pernas mecânicas.

4) O exoesqueleto usa uma bateria com autonomia de até 2 horas.

5) Um sensor na parte externa da roupa robótica vai captar o ambiente ao redor de forma parecida a de um ser humano.

6) Existirão sensores de pressão, temperatura e de vibração. Mas não se sabe ainda se a pessoa vai sentir todos esses dados.

7) Ao tocar o chão, o exoesqueleto aciona um vibrador conectado ao braço do paciente. A ideia é que o cérebro associe essas vibrações ao movimento das pernas para que a pessoa volte a ter impressão de sentir as suas pernas, dando comandos para andar ao equipamento.

8) O material do exoesqueleto está sendo construído em diferentes países com materiais feitos em impressoras 3D, plástico resistente, metais e alumínio. O protótipo pesa cerca de 70 kg.

9) As pesquisas do exoesqueleto são realizadas no Instituto Internacional de Neurociência de Natal (IINN) e na Universidade de Duke, nos Estados Unidos, onde Nicolellis trabalha com ajuda de financiamento externos.

10) Outros pesquisadores de neurociência criticam o projeto ou preferem não analisá-lo. Entre as críticas, citam que o excesso de exposição vai criar a sensação de que a tecnologia estará pronta para uso em breve. Contudo, Nicolelis prevê mais 20 anos antes de colocá-la em uso médico.

* com informações de BBC News, Walk Again Project e Facebook Miguel Nicolellis

Neurocientista brasileiro Miguel Nicolelis. Arquivo Pessoal - Facebook

Confira mais fotos do exoesqueleto:

 
Cientista Miguel Nicolelis divulga primeiras fotos de exoesqueleto. Visão Lateral do exoesqueleto. Foto: Miguel Nicolelis / Divulgação Facebook   Visão frontal
 
FONTE: Portal EBC Topo ↑
 
 
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