Segundo dados do Censo de 2010, 24% da população brasileira tem algum tipo de deficiência. Muito se avançou nos últimos anos, com políticas públicas voltadas ao acesso à educação.
Um dos principais desafios da educação é justamente tornar a escola acolhedora das diferenças de seus alunos. Transformá-la em uma instituição inclusiva ou aberta às diferenças implica rever o próprio conceito da escola frente à diversidade e repensar a formação de professores para essa nova realidade. Significa reavaliar o próprio papel da educação escolar na sociedade.
A escola inclusiva acolhe e se modifica para garantir que os direitos de todos sejam respeitados. Não se trata de uma moda passageira, mas sim do resultado de estudos e discussões em todo o mundo, que enxerga a educação como lugar para o exercício da cidadania.
A inclusão exige um processo de mudança e de reestruturação das escolas como um todo, de modo a assegurar que todos os alunos tenham acesso a todas as oportunidades educacionais e sociais que a escola oferece, incluindo o esporte, o lazer e a recreação. Um modelo fundamentado numa política de inclusão vai além da integração e envolve a remoção dos obstáculos que impedem a participação das pessoas com deficiência na vida em sociedade.
Não basta por a criança na escola. É preciso criar mecanismos de união entre escola, família e sociedade. Ao poder público, cabe investir na materialidade das escolas, na formação dos professores para que atuem profissionalmente com a criança, integrando-a na sociedade como cidadão e na valorização dessa atividade. O importante é pensarmos na inclusão não como um fim em si, mas como um processo do qual todos nós somos partícipes e responsáveis. |