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Mercado turístico se adapta a pessoas com deficiência

Passeios a grutas, saltos em tirolesas, trilhas ecológicas e até mergulho são atividades que já podem ser praticadas por pessoas com deficiência. No Brasil, algumas cidades já oferecem roteiros para esses turistas, a um público potencial de 45 milhões de brasileiros, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O primeiro desafio do turista com deficiência é a escolha do meio de hospedagem. Alguns hotéis e pousadas especiais oferecem cadeiras de rodas, quartos e banheiros adaptados, portas mais largas e barras de apoio. O mesmo já pode ser visto em restaurantes, com a preocupação de ofertar aos turistas cardápios em braile.

Essa infraestrutura foi aproveitada pelo engenheiro civil aposentado Claudio Rocha. Paraplégico, ele visitou algumas vezes a cidade de Socorro, no interior paulista, conhecida por oferecer atividades adaptadas a pessoas com deficiência. Saltou de tirolesa, andou de charrete e de bicicletas adaptadas. Também se aventurou por Gramado (RS), Bonito (MS), Foz do Iguaçu (PR), Natal (RN), Porto de Galinhas (PE) e alguns destinos internacionais.

Ricardo Shimosakai visita o Parque das Aves em Foz do Iguaçu, um dos destinos acessíveis trabalhados pela Turismo Adaptado.

Cláudio já pescou no Amazonas e em Goiás. A pescaria é sua atividade de lazer favorita. Mas, segundo ele, ainda não encontrou um destino em que pudesse pescar sem esbarrar em dificuldade. “No geral, as adaptações não são perfeitas, mas em boa parte das atividades é possível torná-las acessíveis para mim.”

Antes de definir o destino, turistas como Cláudio podem checar as condições dos estabelecimentos com a Associação Brasileira da Indústria Hoteleira. Alguns empreendimentos possuem certificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas em Acessibilidade em Edificações Hoteleiras.

Além de Socorro (SP), Fortaleza (CE), Ilha Bela (SP) e Maceió (AL) apresentam passeios, atividades esportivas e ecoturismo para as pessoas com mobilidade reduzida, deficiência auditiva ou visual.

“Garantir a acessibilidade mostra o amadurecimento dos destinos turísticos, além de ser uma ação que valoriza a imagem dos empreendimentos”, disse o secretário nacional de Políticas de Turismo, Vinicius Lummertz.

O Ministério do Turismo está financiando 14 projetos que envolvem acessibilidade. O objetivo é incluir essas pessoas em atividades relacionadas ao turismo. Obras em orlas, praças e estradas somam R$ 109 milhões.

 
FONTE: Ministério do Turismo Topo ↑
 
 
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